Mulheres nas áreas de STEM seguem encarando uma jornada marcada por silêncios, resistências e vitórias que nem sempre ganham o espaço merecido. Mesmo quando superam as etapas de formação e chegam ao mercado de trabalho, ainda lidam com desconfiança, invisibilidade e falta de referências.
STEM é a sigla para ciência, tecnologia, engenharia e matemática, e a desigualdade de gênero continua sendo um problema real nesse ecossistema. A presença feminina nesses campos não surge por acaso. Envolve escolhas que desafiam padrões e uma insistência que precisa ser reconhecida.
Para entender o que sustenta esse desequilíbrio, aqui está um convite para refletir sobre os fatores históricos, conhecer quem abriu caminho e pensar em estratégias para ampliar a participação de mulheres nas áreas de STEM. Boa leitura!
Por que ainda há desigualdade de gênero nas áreas de STEM?
A desigualdade de gênero nas carreiras STEM se explica por uma herança social que limitou o acesso das mulheres à educação e ao conhecimento por séculos. Esses campos se desenvolveram cercados de estereótipos que associaram ciência, lógica e inovação a perfis exclusivamente masculinos.
Desde os primeiros anos escolares, meninas enfrentam barreiras simbólicas que afetam sua confiança. Muitas vezes, sequer são estimuladas a se interessar por matemática, física ou tecnologia.
A falta de representatividade entre docentes e lideranças agrava o distanciamento e contribui para que essas carreiras pareçam inalcançáveis.
Esse ciclo se alimenta da ausência de apoio institucional e da cultura de exclusão em ambientes de trabalho. Situações de assédio, pressão psicológica e isolamento profissional têm impacto direto na permanência feminina. Não se trata só de incluir, mas de garantir condições reais para que essas profissionais avancem.
A representatividade feminina em STEM no Brasil e no mundo
Mulheres seguem sub-representadas nas áreas de STEM tanto no Brasil quanto no mundo. Dados da ONU indicam que somente um terço dos profissionais científicos globais são mulheres. No Brasil, há um pequeno avanço, mas que ainda não corrige as distorções internas entre as áreas.
Em campos como biologia, farmácia e química, o número de mulheres se aproxima do dos homens. Por outro lado, engenharia, computação e matemática ainda concentram baixíssimos índices de participação feminina. Isso mostra que o problema não é homogêneo, mas exige soluções ajustadas para cada contexto.
Tão importante quanto o ingresso é a permanência. Muitas estudantes abandonam os cursos por falta de suporte ou acolhimento. No mercado de trabalho, poucas conseguem atingir cargos de liderança, mesmo quando apresentam formação e resultados acima da média. A equidade ainda é uma meta distante.
Brasileiras que se destacaram nas áreas de STEM
Algumas brasileiras desafiaram as estatísticas e ocuparam espaços de destaque nas áreas de STEM. Suas trajetórias servem de referência para quem busca caminhos menos convencionais.
Jaqueline Goes de Jesus: liderou o sequenciamento do genoma do novo coronavírus no Brasil
Jaqueline é biomédica e ficou conhecida por liderar a equipe que sequenciou o genoma do novo coronavírus no Brasil em tempo recorde. Sua atuação destacou a importância de investir em pesquisas com diversidade de perfis. Ela também representa um novo modelo de cientista: acessível, comprometida e conectada com a sociedade.
Nina da Hora: cria iniciativas que incentivam meninas negras a se aproximarem do digital
Cientista da computação e divulgadora, Nina se destaca por pensar a tecnologia com responsabilidade e equidade.
Ela cria iniciativas que incentivam meninas negras a se aproximarem do mundo digital e atua em projetos de educação, segurança de dados e inclusão. Sua linguagem simples e direta amplia o acesso ao conhecimento.
Elisa Frota Pessoa: foi uma das fundadoras do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
Pioneira da física brasileira, Elisa foi uma das fundadoras do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.
Até hoje, é lembrada por ter enfrentado barreiras de gênero em épocas em que mulheres sequer podiam se inscrever livremente em cursos de exatas. Sua contribuição ultrapassa a ciência e entra para a história da educação.
Nádia Ayad: venceu uma competição global da NASA
Engenheira de materiais, Nádia se destacou ao vencer uma competição global da NASA com uma proposta de purificação de água por nanotecnologia. Seu trabalho conecta pesquisa de alto impacto com soluções ambientais concretas. Ela mostra como a atuação feminina também transforma o cotidiano.
Enedina Alves Marques: foi a primeira engenheira negra do Brasil
Enedina foi a primeira engenheira negra do Brasil, se formou na década de 1940 e atuou em grandes obras de infraestrutura. Sua história desafia o racismo estrutural e o machismo da época.
Mesmo com pouco reconhecimento em vida, hoje é celebrada como referência de competência e pioneirismo.
Como incentivar mais mulheres nas carreiras de STEM?
Aumentar a participação das mulheres nas áreas de STEM passa por ações coordenadas desde a infância. Projetos que conectam meninas às ciências desde cedo ajudam a quebrar estigmas. A escola, como primeiro espaço de formação, tem papel decisivo na construção dessa ponte.
Na formação superior, o incentivo à permanência depende de ambientes que acolham e valorizem trajetórias diversas. Mentorias, redes de apoio e visibilidade para conquistas femininas têm impacto direto na motivação de quem inicia a caminhada.
Empresas e instituições podem contribuir adotando metas claras de equidade. Investir na formação de lideranças femininas, revisar processos seletivos e garantir condições justas de trabalho são medidas concretas para reduzir o abismo de oportunidades.
Mulheres nas áreas de STEM seguem propondo soluções, liderando pesquisas e contribuindo com olhares que enriquecem os debates. Cada conquista representa uma possibilidade nova para quem também deseja fazer parte desses espaços.
A UniNorte acredita que a sua trajetória em STEM começa com uma formação de qualidade e um ambiente de apoio.
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Perguntas frequentes sobre mulheres nas áreas de STEM
Como é o mercado de trabalho na área de Ciências?
O mercado na área de Ciências é amplo e promissor, com oportunidades em pesquisa, saúde, meio ambiente, educação e tecnologia, exigindo formações sólidas, atualização constante e pensamento crítico.
O que significa a sigla STEM?
STEM é uma sigla em inglês para as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Por que é importante ter mais mulheres em STEM?
Aumentar a diversidade de gênero nessas áreas é crucial para
evitar vieses em produtos e pesquisas, além de enriquecer a inovação e o desenvolvimento de soluções mais abrangentes para a sociedade.